terça-feira, 29 de novembro de 2011

Nostalgia

Lembro do tempo em que eu era criança.
Andar na rua era um desafio. De Bicicleta então, nem se fala!
Todo dia meu quintal era uma mansão, um navio pirata ou até mesmo uma caverna de vampiros.
Minha amiga era real e não virtual.
Computador era mito. Se queríamos saber algo, ou era perguntando para os pais ou indo na biblioteca.
Vídeo game era só pra dia de chuva e olhe lá. Podíamos dar uma escapadinha e brincar na chuva mesmo.
Na escola, não havia bullying. Quando alguém te xingava, você xingava de volta e daqui a pouco estavam brincando...
Minha preocupação era não perder nenhum desenho de manhã e não deixar meu bichinho virtual morrer.
Nossas bonecas eram sim de plásticos, mas nós imaginávamos a hora que era pra chorar, de tomar mamadeira...
E a velocidade de um carrinho era a força do braço do menino na parede e não apertando um botão...
Nosso objetivo de vida era ganhar mais tazos que o vizinho... e também conseguir mais dinheiro pra comprar salgadinho, porque nossas mães sempre perguntavam: "E aquele que você deixou aberto no armário?"
Comprávamos Guarda-chuvas de chocolate e tentávamos abrir sem quebrar a ponta...
Nosso alarme era o Sol se pondo e nossa mãe gritando na varanda...
Tínhamos restrições de jogo: meninos X meninas...
Meninos e meninas tinham vergonha de pegar na mão...
Acordávamos sendo princesas e dormíamos sendo um dos Power Rangers
À noite era hora de soprar o vídeo cassete, colocar um desenho da Disney e assistir com seus ursinhos...
Nosso banho era uma aventura no oceano...
Em dia de calor era dia de armar a piscina. Ou ir nadar na piscina do vizinho...
Não tínhamos medo de pegar Sol...
Andávamos descalço na lama, nas pedras...
Todo dia aparecíamos com ralos no joelho...
Meninas andavam de rabo-de-cavalo que nossas mães faziam pra tentar (TENTAR) deixar nosso cabelo arrumado...
Meninos andavam como meninos...

Alta tecnologia era a TV sem ruído...






Nosso mundo era ingênuo...
Éramos livres...
Não tínhamos medo de viver...
Vivíamos...
Sem nunca querer crescer...

sábado, 26 de novembro de 2011

Minha Vida III (final)

Fiquei em estado de choque. Sentia meu rosto esquentar. Não queria ter dito aquelas últimas palavras, mas elas simplesmente saíram. Como quando você pergunta as horas para alguém. Ela não espera, não pensa, apenas olha no relógio e diz. Fechei meu notebook e fui guardá-lo.
       - Essa história acabou - falei enquanto pegava o dinheiro pra gorjeta.
       - Acabou de começar - Alessandro falava calmo, como se estivesse falando do tempo.
        Peguei minha pequena mala e me levantei mas Alessandro segurou meu braço.  Ele se levantou e me fitou. Era um pouco mais alto que eu e ele me olhava com aqueles olhos castanhos que me hipnotizava.
       - Por favor - sussurrou - Fique.
       E pela primeira vez naquela meia hora eu o vi suplicando algo. Relutei para desviar meus olhos dos dele e falar conscientemente dessa vez.
       - Só fico se você me explicar como me conhece - pedi olhando através dele. Tive medo de olhar diretamente nos seus olhos e soltar outra besteira como a que eu não queria sair dali.
      Antes mesmo dele responder, novamente a bela voz saiu pelos alto-falantes:
      - Senhores passageiros do voo para São Paulo Cumbica. O voo saíra por volta das 15:10. Desculpem-nos pelo transtorno e façam uma boa viagem.
      Olhei meu relógio. Era 14:32. Ele tinha mais de trinta minutos.
      - Então? - insisti - vai ou não vai?
     Decidi que era seguro agora olhar para ele. Ele estava com uma expressão de dúvida. Olhou para cima e respondeu
      - Ok, eu digo. Sente-se novamente.
      Me sentei ansiosa. Parecia uma criança que acabara de receber a proposta de que se ficasse quieta, dariam uma barra de chocolate.
       - Eu te conheço - começou Alessandro - daqui. Eu sempre viajo, então sempre a vejo. Sempre a vejo chegando com um sorriso estampado e voltando quase chorando de raiva.
        Tentei fingir que não havia entendido a última frase dele e perguntei:
      - E por que você veio falar comigo só hoje? Por que não antes já que você já me viu aqui antes?
      - Porque hoje eu percebi que você estava pior do que antes.
      - Como assim? - minha voz estremeceu.
      - Sempre te vejo chegando aqui. Você nunca está acompanhada, mas sempre sai por aquelas portas com um sorriso radiante. Só de ver uma pessoa sorrindo como você faz, eu passo o resto do meu dia sorrindo e cantarolando. Ontem, quando você chegou, estava sorrindo, mas não com a mesma jovialidade que você sempre mostra ter. Estava com um sorriso forçado. E hoje quando voltou, estava quase chorando. Não suportei ver você assim, mesmo sem te conhecer realmente.Vim falar com você.
        Estava confusa, mas mesmo assim, o incentivei a continuar:
        - E por que você acha que eu preciso de você?
       - Chega, ok? - falou impaciente - Chega de fingir quem você não é. Nessa última meia-hora, percebi que você é uma mulher muito gananciosa. De tão gananciosa esqueceu de seus sonhos, porque teve medo de quebrar a cara. Teve medo de mostrar a todos que era humana. Vulnerável. Você vem a essa cidadezinha para ter um pouco do que não quis. De ter sua vida! Só não entendo porque você ainda faz esse teatrinho. Eu entendo agora o porque você estava mais triste hoje do que nos outros dias. Porque não vai poder vim mais pra cá, não é?
        Assenti sentindo minhas lágrimas rolarem. Eu não sabia se estava mais chocada pelo fato de que em meia-hora ele aprendeu mais de mim do que eu mesma ou porque doía a verdade. Eu sempre escondi isso de mim, nunca olhei pra trás, pensando que não era arrependida pelo que havia feito.
         - S-sim - minha voz tremia muito. Meu corpo inteiro. Comecei a chorar mais ainda. Resolvi que não precisava mais fingir nada, já que eu estava chorando na frente de um estranho.
         - Eu não vou poder mais vim aqui - desabafei - Porque minha empresa está me mandando para a filial de Tóquio.
         - E não é bom? - perguntou Alessandro - Você não disse que gosta disso?
         - Claro que não - respondi incrédula. Pensei que ele tinha percebido isso.
         - E por que ainda vai?
         - Porque não posso desistir da minha carreira! Trabalho lá há mais de sete anos, não vou parar agora...
         - Você gosta do que faz? Ou melhor, você faz o que gosta?
         - Sim...-hesitei. Não adiantava mais falar mentiras - Não. Eu odeio meu serviço. Tinha vontade sim de andar pelo mundo, mas não assim.
         Alessandro se aproximou de mim e secou minhas lágrimas com sua mão. Aquele toque me relaxou. Não sentia alguém assim há muito tempo.
         - Volte.
         - Não posso. Minha vida já está feita. Esse foi o caminho que escolhi. Se eu voltar serei uma perdedora.
         - Perdedora,nunca. Você será considerada uma pessoa que não desiste do que quer. O dinheiro que perder não importa. Pelo menos, você chegará lá com grande alegria e satisfação.
          Olhei para ele. Ele sorria. Era difícil acreditar que naquele dia que eu pensara que tudo estava no fim e que eu tomara a decisão de não voltar, um desconhecido me mostraria o caminho. Sorri para ele. Me sentia em paz. Sabia que voltaria ao prédio da empresa para esvaziar minha sala para nunca voltar. Procuraria outra profissão. Podia demorar três, cinco, oito anos...Mas e daí? Estaria fazendo o que eu gosto. Retribui seu sorriso.
              Alessandro olhou no relógio.
          - Merda - resmungou - quase perco o avião.
          - Você ainda vai? - respondi alarmada.
          Ele sorriu.
         - Claro! O meu trabalho aqui já está feito.
         Não havia entendido. Ele sorriu mais ainda pela minha cara de desentendida. Ele pegou sua mala e me deu um beijo na bochecha. Senti um calor maior ainda em meu rosto. Quando ele estava se afastando, corri até ele e o puxei. Ele não podia ir embora assim.
         - Me dê seu número - opinei sorrindo - Para que quando você for em São Paulo, ir me visitar.
         Ele pegou minha mão e a beijou carinhosamente.
         - Querida Marissa - falou - Não tenho telefone.
        - Ao menos me diga onde você trabalha.
        - Não tenho um lugar fixo.
        Olhei incrédula. Ele me disse que vivia viajando.
         - Então, qual é a sua profissão. Também é representante de algo?
        - Você ainda não percebeu? - ele riu - Eu não trabalho com um rótulo. Posso ser tudo que alguém precisar: guia, conselheiro, amigo e outros. Mas sempre me chamam de anjo.
        Minha cabeça girava.
        - Impossível.
        - Nada é impossível. Apenas devemos olhar de maneira diferente. Agora minha querida, não desista do seu sonho. É a maior essência da alma. Se você não anseia por algo, não tem vida.
         Concordei.
         - Senhora - falou a balconista impaciente - Essa é sua mala?
         - É sim - virei-me para responder - Eu já vou pegá-la.
         A menina bufou. Pegou as xícaras que nós havíamos deixado lá e voltou para detrás do balcão. Virei novamente para Alessandro mas ele não estava mais lá. Havia sumido. Senti um aperto no coração. Olhei para baixo e vi um guardanapo com algo escrito. Peguei e li com a maior alegria. Estava escrito: "Não desista. Por mais que o caminho seja difícil e longo, não desista. E me chame quando precisar. Sempre estarei com você."
          Sorri e naquele momento, percebi que minha alma descansava em paz e com a maior jovialidade: Eu voltara a ter um sonho...




FIM

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Charles Chaplin S2

      Como Marco Luque diria, Buenos Dias P poul
       Há algumas semanas, estava assistindo ao telejornal da Globo (plim plim) e vi sobre uma exposição que está tendo sobre Charles Chaplin. Não preciso dizer mais nada né?  Quem é ele? Ah...apenas o maior ator, diretor, produtor e comediante de todos os tempos. Antes mesmo das cores ou do som no cinema, ele já nos encantava. Então, sou fã de bilhetinho (cinema, tendeu? Outra piada xula. Acho que vou fazer um livro só com elas) dele e não podia perder isso por nada. Mas, porém, contudo, todavia meu querido (e desprezível) guia Murphy, ficou com ciúmes e não me deixou ir ao decorrer desse mês. Amanhã e depois são os últimos dias que poderei ir, por isso EU VOU amanhã! Pra quem não sabe da história desse grande bigoduchinhoo, procura no Wikipédia (hehe). Eu só tenho a agradecê-lo, pois ele é uma das pessoas que me inspiram e não me deixam desistir. Sei que posso conseguir alcançar meus sonhos como o pobre menino de Londres que foi para os Estados Unidos e conseguiu os dele!
Veja abaixo um dos textos que está na primeira página de meu caderno:

"Hoje levantei pensando no que tenho a fazer antes que o relógio bata meia-noite. É minha função escolher que tipo de dia terei hoje.
Posso reclamar que está chovendo ou agradecer as águas por levarem a poluição.
Posso ficar por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalhado.
Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.
Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com as possibilidades de fazer novas amizades.

Se as coisas não saírem como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente, esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar a forma.
Tudo depende de mim..."

Charles Chaplin

Sacas como o cara é Podiroso?! 
Quem quiser ir, o evento está acontecendo no Instituto Tomi Ohtake, na Av. Brigadeiro Faria Lima, 201 Pinheiros - SP.
Vai até dia 27 de novembro de 2011. Terça a Domingo, 11h às 20h. Entrada franca.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Orgulho e Preconceito

O botão de Backspace está quase quebrado agora. Sabe o por que...dãã! Porque você ficou apagando as coisas que escrevia! Óbviooovidio! Mas o caso real mesmo é que eu quero postar algo sobre o meu livro favorito. Não digo isso hoje, porque terminei de ler o livro ontem. Eu já o li três vezes e não me canso de ver o filme. Meus amigos que visitam meu blog já estão pensando: "Aff...Orgulho e Preconceito. Ela não cansa!" e é a pura verdade. Um milhão pra quem acertou!! Poisié. Orgulho e Preconceito, Pride and Prejudice Prejudice e Orgulho e aí vai. Falei isso porque o livro mostra uma história que é simples, mas nos prende pela magia que a aclamada escritora do século XIX, Jane Austen coloca em cada palavra. Nem depois de quase dois séculos, a história foi esquecida. Se passa no meio rural da Inglaterra do século XIX. Sra. Bennet, mãe de cinco filhos, fica sabendo que a mansão de Netherfield, vizinha da sua, vai ser alugada. E não por uma pessoa qualquer e sim por um jovem distinto, do norte, rico e SOLTEIRÃO Sr. Bingley! Ela já imagina o casamento dele com a sua mais velha, Jane Bennet, a moça mais bonita da região. Mas a história leva a outro caminho. Sr. Bingley trás consigo seu amigo fiel Sr. Darcy, um homem igualmente rico e solteiro. Mas seu orgulho e arrogância faz ele ser odiado pela segunda filha mais velha, Elizabeth Bennet. O que ela não sabe é que ele se encanta por ela. O final é inesperado, pois o percurso todo da história nos leva ao improvável em um romance.  Jane Austen, sem dizer mais, é THE BEST no que faz, com pontos irônicos e seu humor sarcástico ela já tem um espaço no meu coração! 



Tátá. Eu sei que tem muita gente preguiçosa, por isso eu indico o filme. Também traz a mesma suavidade e magia do livro, com sua simplicidade e graça na trilha sonora. Olha o Trailer aí e preparem-se pra ficarem vidrados como eu! =)






quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ben(mal)dita lei do Murphy

       Segunda-feira, cheguei na escola para trabalhar. Quando abri a porta da sala de informática, percebi que as luzes estavam desligadas. Tudo bem. Liguei a caixa de luz, mas mesmo assim elas continuaram desligadas. Fui perguntar para a minha coordenadora, e ela me disse que não tinha energia na escola. (Quase) Subitamente, o meu capetinha de ombro veio e falou: "Ótimo! Vamos embora!". Mas o anjinho de harpa e tudo falou do outro lado: "Você tem que ficar. É a norma da escola!" Como eu sei que mamãe espera que eu siga o que eu já vi em desenhos, dei ouvidos ao anjinho (com muita dó do capetinha. Tadinho! Ele nunca é ouvido!) fiquei apenas sendo aquecida pela luz do dia. A vantagem foi que eu li mais de dez capítulos do meu livro (Orgulho e Preconceito de novo!) nessas quatro horas, mas mesmo sem energia, mesmo sem nem o espírito dela vagando pela escola, ocasionava de cinco em cinco minutos vim um aluno pedindo pra mexer nos computadores! Hellooo!! É só eu que percebi que não é só da internet que precisa para um computador funcionar direito (direito)?!
       Por isso eu não postei nada na segunda, por que o Murphy estava mais presente na minha vida do que tudo, porque quando cheguei em casa, liguei meu computador feliz por postar algo, mas a internet não conectava e quando milagrosamente  isso aconteceu, tive que sair com a minha irmã!
      Então, hoje decidi postar algo sobre meu guia, o Murphy que um dia disse a maldita frase que me assola até agora : "Se alguma coisa pode dar errada, certamente dará". Não quero dizer que eu seja pessimista, meus amigos mesmo dizem que sou muito otimista, mas o problema é que já tive muitos exemplos de que o Murphy, aonde quer que esteja, me ama muito e tenta me guiar, o que acaba me ferrando! Veja os exemplos abaixo:

        - Estava há cinco minutos da sessão do cinema começar, quando fui comprar pão de queijo. Não tinha ninguém na minha frente, mas o pão de queijo tinha que acabar e a mulher que estava reabastecendo, parecia uma lesma andando em pedras! Acabei perdendo os trailers ¬¬
       - Depois disso, na outra vez que fui no cinema, decidi  comprar as coisas na lanchonete do cinema, mas havia um casal de porcos na minha frente, pois parecia que eles estavam fazendo estoque para todos os invernos que passariam juntos.
      - Já entrei na menor fila do mercado, e fui praticamente a última a ser atendida.
      - Fui comprar um DVD que acabara de sair, mas ainda não havia chegado, e no outro dia que fui lá, não tinha mais.
     - Vejo uma pedrinha na minha frente, penso que ela inofensiva, mas acabo tropeçando nela.
     - Quase todo dia acordo não com pé direito, e nem com o esquerdo, mas sim caindo da escada.
     - Inúmeras vezes derrubei o pão com a manteiga pra baixo.
     - Perdi o último pedaço de pizza que guardei na geladeira pra ser meu café da manhã.
     - Já perdi ônibus vazio e peguei o próximo que fazia uma lata de sardinha ser uma mansão.
     - Sempre perco minhas canetas no final do ano.
     - Nunca terminei uma borracha.
     - Meu lápis some quando preciso fazer uma atividade.
     - Nunca tem caneta quando preciso anotar algo.
     - Liguei na pizzaria e disseram que ia demorar uns quarenta minutos. Então, nesse tempo, minha irmã e eu fomos comprar refrigerante. Quando viramos a esquina, o motoqueiro chega.
      Esses são os que eu lembro agora, mas todo dia tem mais de um. Depois dessa pesquisa louca, eu digo: O Murphy está em mim!!


Sai de mim espírito ruim!!

domingo, 20 de novembro de 2011

Pessoa besta...você? Tem certeza? ¬¬

Hoje estava tentando colocar os sobreviventes (os neurônios) da enchente que ocorreu no meu cérebro para pensar em o por que as pessoas me acham louca, besta, boba, viajante de outro planeta e baixinha (esse último, eu já tenho a resposta, mas não quero acreditar). Não consegui. Então, mexendo na net, mas específico, no site do Improvável e achei uma pessoa pior, mas beeem pior! Olha aí embaixo:  





Percebeu a pressão? Então antes de reclamar da vida, pensa na vida do coitado do Bruno =D


Intéminhã!

sábado, 19 de novembro de 2011

Minha Vida II

       Esse tal de Alessandro conseguira o que queria. Chamar minha atenção. Continuei fitando seu rosto magricela e ele sorria triunfante. Esperei que ele continuasse com o insulto de a minha vida ser chata, mas ele apenas se dirigiu ao balcão e pediu cappuccino. Concluí que ele era um débil mental e voltei minha atenção ao computador, quando o vi sentando-se na cadeira a minha frente.
       - Meu voo só sai às 17:00, então a gente pode tentar se conhecer nesse tempo.
       - E quem disse que quero te conhecer? - indaguei friamente. Já estava começando a me irritar.
       - Porque se não quisesse, já teria me dispensado ou ter chamado algum segurança.
       - Sei me virar - retruquei - não preciso de ninguém.
       - Ah, claro! - ironizou - você é a melhor.
       Franzi a testa. O que ele queria dizer? 
       - Onde você nasceu? - perguntou.
       - Não irei responder.
       - Ora, vamos - incentivou-me - Se você responder as minhas perguntas, deixarei você em paz.
       Mordi os lábios. Ele podia ser um estranho louco, imbecil, arrogante e todos os outros adjetivos negativos que puder listar, mas sentia falta de conversar com alguém "novo".
       - São Paulo.
       - Viu? Não doeu.
       Não consegui deixar de sorrir. Tentei esconder o sorriso, mas ele deve ter visto, pois quando ele continuou, estava mais empolgado.
       - De onde está vindo?
       Hesitei.
       - Los Angeles.
       - Mentira. 
       Olhei diretamente para ele. Estava sério.
       - Los Angeles - repeti pensando que ele poderia não ter ouvido direito - negócios.
       - Por que você está insistindo na mentira?
       - Eu não estou mentindo - reclamei - Por que você está falando isso?
       - Por que já te vi aqui antes - respondeu calmamente.
       Arregalei os olhos. Então, era assim que eu ia morrer? Por um louco no aeroporto?
       - Como...como? - gaguejei.
       Ele riu. 
       - Isso não vem ao caso. Você está vindo do lugar que você pode ser você mesma.
       -Então - retruquei - Los Angeles! Onde sou a representadora internacional de uma das empresas mais famosas do mundo! Faço o que eu gosto.
       Ele me fitou. Olhava com tal intensidade que eu não conseguia desviar meus olhos dos dele. 
       - E o que você gosta de fazer? - perguntou calmamente.
       Respondi quase de imediato.
       - Eu gosto de andar de bicicleta, tomar sorvete, desenhar, correr pelos campos, apreciar a natureza, de não pensar no meu trabalho sem deixar de me culpar todos os dias por fazer aquilo que não me traz felicidade...
       Parei. Por que eu estava falando aquelas verdades para aquele estranho? Ele sorria. Um sorriso de criança pra mim.
       - Estamos indo bem - comentou.


CONTINUA! (próximo sábado, final!)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ironias de homens e mulheres

       Ela corria como uma louca. Não sabia se ia dar tempo. Tudo o que ela queria, era não perder aquele trem. O por que? O grande amor da vida dela estava prestes a partir pra nunca mais voltar. O pior de tudo é que ela sabia que tinha perdido a cabeça com ele na manhã anterior. Estava com uma cólica terrível, mas esse não era o motivo para jogar um vaso com flores na direção dele.
        Chegou, finalmente no ponto de ônibus:
        - Qual é o ônibus que vai para a estação de trem? - perguntou a um homem de rua que dormia no banco do ponto.
       - Eita senhora! - exclamou o velho levantando-se e apontando pra direção que ela havia vindo - É por lá! Você tem que voltar cinco quarteirões e virar à direita e depois na terceira à esquerda.
        Ela não acreditava nisso. Por que aquilo estava acontecendo com ela? Ela não era acostumada a andar de ônibus, porque quem a levava a todos os lugares, era o seu marido. Não tinha aprendido a dirigir, por confiança nele. Agora ele tinha pegado o carro para ir embora da vida dela! Correu mais ainda, sentindo suas pernas gritarem de dor. "Malditos salto alto!" reclamava. Ela apenas não tirava porque havia gastado uma grana com ele e não ia jogá-lo fora.
       Ela passou pelos cinco quarteirões e virou à direita. Parou. Havia entrado em uma rua sem saída. Estava perdida. Perguntou a uma mulher que estava saindo para o serviço onde era o ponto de ônibus. A mulher era alta  e esbelta. Usava uma linda roupa formal e botas de tirar o fôlego. Olhou de cima a baixo a coitada da menina que estava com o cabelo bagunçado pelo vento e com a respiração ofegante. Respondeu com a maior polidez possível.
       - Você volta pra avenida e  passa cinco quarteirões. Aí você chega no ponto de ônibus
       - O quê? O moço falou que aquele ponto não passava.
       A mulher deu de ombros. Depois perguntou abrindo um sorriso.
       - Se você quiser, eu te dou uma carona.
       As duas mulheres entraram no pequeno carro vermelho e saíram em direção ao tráfego. Buzinas soavam como um estádio em dia de jogo. A mulher no volante não ia nem pra frente nem pra trás. Depois de duas horas, a mulher a deixou na porta da estação. Ela agradeceu e foi correndo para o embarque. Seu coração batia forte. Ali estava o seu amor, esperando o trem. Ela se olhou no seu espelhinho de bolso e achou melhor se arrumar. Foi no banheiro, escovou seu cabelo, lavou o rosto, passou um blush e um batom (bolsa de mulher tem tudo) e saiu em direção ao amor.
      Foi se aproximando de fininho, e quando estava prestes  a pegá-lo de surpresa, ele a pegou de surpresa. A mulher que havia deixado ela na porta da estação, o beijava com muito amor. Ela não acreditava naquilo. Correu na direção dela e puxou pelo cabelo. Começou a gritar todos os nomes de baixaria que veio em sua mente na hora. Quando enfim, terminou de brigar com a coitada que falava todo tempo entre gritos que não sabia que ele era comprometido, olhou para o homem e disse.
       - Está acabado.
      Hoje, ela está trabalhando no serviço de seus sonhos, tem uma boa renda, vai para balada com as amigas e vive feliz. Ele, no entanto, todos os dias liga pra ela dizendo que mudou e quer voltar. Está gordo de tanta cerveja no bar com os amigos, pensando que ali, conseguirá uma mulher melhor.



     FIM

Morais (MORAIS MESMO) da história para as mulheres: Uma TPM não é o fim do mundo. Você está correndo como uma louca e não tira o salto alto: Você já está correndo como uma louca, todo mundo já está reparando em você, então, TIRE. Não esperem de seus maridos para dirigir, pois eles não ligam se vocês ficam sem carro, mesmo sabendo que pode ser importante pra vocês. Você se importa tanto para ficar bonita, mas não liga de fazer um barraco em público, e no final quer sair com a bola toda? Não preciso dizer nada aqui. 
Morais (MORAIS MESMO) da história para homens: Saiba que TPM é sim o fim do mundo, pra você. Incentivem suas mulheres a aprender a dirigir, porque sempre vão dizer que tem algo importante pra fazer com o carro. Se não sabe dar uma orientação, apenas diga: não sei! Todo mundo sai ganhando. Não se sinta o bambambã por pegar mais de uma ao mesmo tempo. Nós somos uma legião, e ficaremos sabendo. Acabamos com a sua vida. E deem valor pra quem vocês tem o amor, pois no final, apenas no final, vocês percebem que não vivem sem nós.!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dodói quando criança, pesadelo na adolescência.!


Pensou que eu ia falar quando adulto aí em cima, né? Nãao! Ainda sou jovem, mas estou com cara e vontade de uma velhinha em coma (exagerei, eu sei). Acordei hoje com uma bela chuva fora de minha janela. Ok, até aí tudo bem, pois eu gosto de chuva porque eu posso assistir Cantando Na Chuva em 6D (piada xula ¬¬).
Depois de escovar os dentes e tentar - tentar mesmo - abaixar a juba, percebi que estava com a garganta ruim. Mas tão ruim que eu parecia que tinha acabado de vir do dentista e tomado anestesia na boca! Ahhnnn (era assim que eu tava falando). Sem falar no nariz escorrendo, na cara de zumbi! Acho que eu estava pronta pra ser protagonista de um filme de terror.Por isso não postei nada de manhã. Não tive forças. Mas agora, já tenho a força de pegar o notebook e deitar na cama =0.
Feriadinho, bonzinho!
Minha dica de hoje é: Fiquem o mais tempo possível deitado na cama, com um balde de pipoca e uma garrafa de coca do seu lado, um filme longo (pra não precisar se levantar tão rápido #nadadesérie) e peça a Deus que prolongue o dia, porque amanhã, o trampo volta!! #abuliraescravidãojá!


sábado, 12 de novembro de 2011

Minha vida!

Hoje, criei coragem e decidi postar aqui um texto feito por muá! (isso parece som de vaca francesa...soutãobestaa) Mas não um texto como os outros que postei que também são de minha autoria, essa seria uma crônica. Isso seria bem justo, já que quero ingressar na carreira de escritora. Já estou escrevendo meu primeiro livro. Aqui escreverei uma crônica de três partes. Vou postar uma por semana, todos os sábados. Espero que gostem e deem seus comentários. Isso seria muito importante pra mim. Bem, vamos lá.


" Estava eu no aeroporto esperando meu voo que me levaria novamente para casa em São Paulo. Adorava ir para outras cidades, mas nada se comparava a chegar em casa e deitar em minha própria cama. Fiz meu check - in e a moça do balcão me alertou que o voo podia atrasar "novidade" resmunguei. Procurei um bom lugar em uma cafeteria, liguei meu notebook e enviei uma mensagem ao meu chefe, falando que me atrasaria para reunião das 15:oo. Ele me mandou uma resposta com muita educação, falando que não tinha problema de eu me atrasar, mas eu sentia a grande arrogância dele por trás das letras. "Aquele gordo" pensei com um pouco de raiva.
- Queridos passageiros - informou uma bela voz feminina no alto-falante - Desculpem o transtorno, mas nosso voo para São Paulo, aeroporto de Cumbica, será adiado para partir às 19:00.
Olhei em meu relógio. Era 14:00. Maravilha! Ficaria enfurnada naquele aeroporto por cinco horas. Pedi um café e fiquei mexendo em meu facebook, quando uma mala atingiu meus pés, rasgando minha meia fina preta. Olhei para frente e vi um homem vindo correndo. Ele era alto, um pouco magricela de cabelos cacheados pretos e usava óculos. Estava usando uma calça jeans azul-claro e uma camisa xadrez verde. Parecia que acabara de vir de uma convenção de geeks.
- Me desculpe, senhora - ele falou a mim quando se aproximou. Falava tão atrapalhado que tive medo que caísse em suas palavras. Olhou as minhas pernas - Nossa - exclamou - Fiz um estrago grande em sua meia, não?
Olhei novamente em minha perna. Um rasgo enorme em minha meia no meio da batata da perna mostrava minha pele morena.
- Não se preocupe - respondi formalmente mas tentando mostrar minha frieza. Ele acabara de me ofender duas vezes. Rasgando minha meia favorita e me chamando de senhora.
- Meu nome é Alessandro - comentou depois de uns grandes segundos de silêncio - E o seu?
- Marissa - respondi não tirando meus olhos do notebook.
- Marissa - continuou ele - Muito bonito. Pra onde você está indo?
- São Paulo.
- Cidade bonita.
- Eu sei.
- Estou indo para lá também.
Não respondi
- Você vai pegar o avião para Congonhas ou Cumbica
- Cumbica.
- Que pena! O meu é para Congonhas. Estou indo lá a serviço. Mas prefiro cidades pequenas.
- Eu prefiro grandes metrópoles.
- Já esteve em quantas?
Suspirei
- Nova York, Londres, Paris, Buenos Aires, Tóquio entre outras.
- Caramba! Sua vida deve ser tão chata!
Baixei meu notebook. Fitei seus olhos castanhos escuros. Ele acabara de me ofender mais uma vez. Mas, sinceramente, essa era uma ofensa que eu fazia a mim mesma...


CONTINUA...


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Hey A Hey A

Hoje, tive uma epifania.
Não como a do Homer (pausa para piadinha -> Por isso a foto "quem não sabe do que eu estou falando, assista Os Simpsons O Filme, muito boom") mas chegou bem perto. Pelo menos na minha não tinha uma velha peituda em cima de mim.! Graçaaas...
Percebi que quando alguém pensa que é madura, que sabe tudo, tem o declive. É a pura mentira falando.
Percebi hoje que não são todas as mudanças na vida que são más.
Algumas nos aperfeiçoam.
Mudar algo em sua vida não é deixar de ser você, mas sim abrir as portas para o novo, que pode nos abrir a porta para a felicidade.
"Don't Worry, be happy!" (amo essa música)

Voltei (novamente e novamente)

Tá! Não vou mais me desculpar aqui, porque sei que não cumpri nada que eu prometi (seu eu continuar fazendo isso, vou entrar na carreira de político). Mas, agora, estou com mais tempo (trabalho quatro horas por dia na frente de um computador sem fazer absolutamente nada!). Meus amiguinhos, voltarei a postar coisas que alegrem o seu dia, ou o entedie de uma vez.
Amanhã é sabádo, vou voltar com tudo, com muito sono, muita areia nos olhos e um sorriso contendo um bafo de início de dia! Farei um texto, "by myself" e postarei aqui!!

Uhuuu! Vorteii meus babys!!